Filhos de Viriato
sexta-feira, junho 25, 2004
  England 5 - 4 Portugal. Genius from Helder Postiga, who must have cajones of steel. As James dives, he dinks one straight over him, like he's hitting a particularly delicate chip shot. What a penalty!

England 5 - 5 Portugal.
Darius Vassell steps up ... AND IT'S SAVED! If Portugal score this England are out.

England 5 - 5 Portugal. Unbelievable - The Portuguese keeper Ricardo is going to take this! He steps up ... and scores a brilliant penalty! England 5 - 6 Portugal. That's it, it's over England are out! Thanks for all your emails and sorry I couldn't use them all, Sean


"Guardian on-line" 
domingo, junho 20, 2004
  Abstenção!

Tenho a impressão que se a eleições europeias fossem amanhã, o Durão Barroso ganhava com maioria absoluta e a abstenção seria mínima...

Atilla 
  Luis Felipe Scolari, de besta a bestial...

VIVA PORTUGAL!

Atilla 
  Euro2004

Esquecidos os milhões gastos, as discórdia passada, o Euro2004 vai avançando com aparente sucesso. Herdeiro de tudo que foi criticado mas acabou por ser abraçado por todos nos, e apesar de ainda achar que foi um desperdício de dinheiro, questiono-me porque será que o povo português (no qual obviamente me incluo) e’ necessariamente pessimista ou do “contra’.

Contra o edifício da fundação Gulbenkian, contra as antigas “Taveiradas” (e não me refiro ao vídeo), contra a Expo98, e agora contra o Euro 2004.

Será que nos tornamos numa nação de velhos do Restelo? Enfim, isto tudo só para dizer: Forca Portugal! Vamos ganhar ‘a Espanha!

Atilla  
  Parada Porto-Riquenha

Na semana passado após uma visita ‘as catacumbas do museu de historia natural em Nova Iorque, e enquanto regressava a casa com o Ivan , dei de caras com a parada Porto-Riquenha na quinta avenida.

O caos era completo, as bandeiras omnipresentes, a “sangue-latino” ao rubro!
Mas aquilo que mais fascinou e’ o que leva mais de 100000 porto-riquenhos a aglomerarem-se anualmente numa parada de interesse duvidoso.

A minha melhor explicação e’ a sua localização. Exactamente no coração do “Upper East Side”, onde os “brancos” ricos vivem. Anualmente, as “sombras” dos restaurantes, aqueles que discretamente recolhem os pratos sujos das mesas ou que trabalham nas cozinhas, vão para a rua e anunciam a sua presença ao mundo mesmo nas bochechas daqueles que vão servir no dia seguinte.

Atilla 
quinta-feira, junho 10, 2004
  Por vezes questiono-me por que será que a morte traz respeitabilidade. Será que os críticos, aqueles que se fartaram de bater no ceguinho, se calam por uma questão de respeito? Ou será porque já não vale a pena a chatice?

Attila 
  Regra geral a conversa num ambiente de trabalho inevitavelmente desemboca em verdadeiras voltas de fouette verbais, em que os diálogos são cuidadosamente coreografados de modo a criar uma ambiente de afabilidade e afinidade entre pessoas que pouco ou nada têm em comum. Apesar de tal me parecer obviamente lógico e civilizado, por vezes não posso de deixar de sorrir com esta situação.

Um dos meus momentos favoritos e’ o curto dialogo que diariamente estabeleço com o homem das limpezas:


-Hey man!
-Hey big man!
-How are things going?
-Hanging on, hanging on...
-Good, good...
-And you?
-All right!
-ALL RIGHT!!! Take care big man...
-Take care man...



Attila 
domingo, junho 06, 2004
  Foi decidido, a partir de agora a futura casa do meu amigo Ivan vai ser conhecida por "Vila Balzac". E' uma dupla homenagem, e já que lhe devo um jantar no Tavares, ao menos ganho espaço de manobra para gozar com o rapaz.

Attila 
  Bolas! Mais dois dias de espera... que falta de paciência...

 
sábado, junho 05, 2004
  Carlos, nessa manhã, ia visitar de surpresa a casa do Ega, a famosa «Vila Balzac», que esse fantasista andara meditando e dispondo desde a sua chegada a Lisboa, e onde se tinha enfim instalado.

Ega dera-lhe esta denominação literária, pelos mesmos motivos porque a alugara num subúrbio longínquo, na solidão da Penha de França, - para que o nome de Balzac, seu padroeiro, o silêncio campestre, os ares limpos, tudo ali fosse favorável ao estudo, ás horas de arte e de ideal. Por que ia fechar-se lá, como num claustro de letras, a findar as Memórias dum Átomo! Somente, por causa das distâncias, tinha tomado ao mês um coupé da companhia.

Carlos teve dificuldades em encontrar a «Vila Balzac»: não era, como tinha dito Ega no Ramalhete, logo adiante do largo da Graça um chaletsinho retirado, fresco, assombreado, sorrindo entre árvores. Passava-se primeiro a Cruz dos Quatro Caminhos; depois penetrava-se numa vereda larga, entre quintais, descendo pelo pendor da colina, mas acessível a carruagens; e aí, num recanto, ladeada de muros, aparecia enfim uma casota de paredes enxovalhadas, com dois degraus de pedra à porta, e transparentes novos dum escarlate estridente.


"Os Maias: episódios da vida romântica", Eça de Queirós

 
  "E, como quando eu recolher, talvez a senhora Josefa esteja entregue ao sono da inocência, ou à vigília da devassidão."

"Os Maias: episódios da vida romântica", Eça de Queirós 
  Ainda alguém se lembra?

 
  Justiça?

A ideia de justiça e’ inevitavelmente relativa. O que e’ justo para uma pessoa, e’ injusto para outra, o que e’ injusto em termos individuais, torna-se justo em termos colectivos (ou vice-versa). Um bom exemplo e’ a ideia de que uma instituição pode discriminar ou activamente favorecer um candidato de modo a corrigir problemas sociais óbvios.

A ideia de que uma Universidade deve ter quotas mínimas para minorias étnicas, estudantes dos estratos sociais mais baixos, mulheres, etc, não passa de uma tentativa de engenharia social. Mas apesar de tal tipo de engenharia social ser intrinsecamente injusta, existe algo de lógico (ou mesmo justo) quando se procura ver este assunto através da perspectiva da sociedade, e não do indivíduo. Combate-se o fogo com o fogo! Acredita-se que uma pequena injustiça, vai potencialmente criar uma sociedade mais justa no futuro. A lógica e’ insofismável. No entanto existe algo neste lógica que me assusta, talvez porque gato escaldado tem medo da água.

Attila

 
quarta-feira, junho 02, 2004
  Libertarian Party – parte 2

Um dos momentos mais interessantes no congresso do Libertarian Party foi a longa discussão sobre a importância de ter a opção “none of the above”.

Regra geral os votos em branco são ignorados, rejeitados com a mesma falta de respeito usualmente atribuída aos votos nulos. O voto em branco não conta, e maiorias absolutas são feitas ‘a custa de tal arrogância política. Mas votar em branco não significa falta de capacidade de escolha, significa que a pessoa votou contra todos os candidatos. Tal facto implica necessariamente que num sistema verdadeiramente democrático a opção “nenhum dos candidatos” deve estar presente no boletim de voto. Caso nenhum dos candidatos obtivesse a maioria absoluta devido a um número significativo de votos na opção “nenhum dos candidatos” então os partidos políticos teriam de eleger ou seleccionar novos candidatos.

Attila  
  Este fim-de-semana passei duas horas em frente da televisão a ver o congresso do ‘Libertarian Party”.
Foi absolutamente fascinante, e ‘a custa de tal exercício matinal ganhei imenso material para “Filhos de Viriato”.

Libertarian Party – parte 1

Regra geral assume-se que o espectro politico, ou de opiniões, se esgota entre a esquerda e a direita. Fala-se de um conflito binominal, com ocasionais referencias a terceiras vias, que mais não são do que variantes intermédias daquilo que já existe. No entanto com um bocado de perspectiva e’ fácil de perceber que tal espectro politico vive ‘a custa de um único eixo cartesiano.

Tanto a esquerda, como a direita, acreditam na intervenção do estado, discordam apenas nos assuntos sobre os quais o governo deve intervir. A esquerda acredita que o estado tem responsabilidades sociais de redistribuição de riqueza, e que portanto deve funcionar como um agente moderador económico. Pelo contrário, a direita defende que o governo deve intervir nas questões de segurança e na moralidade.

Existem no entanto aqueles que acreditam que o estado deve reduzir regra geral a sua intervenção na sociedade ao mínimo. Eles acreditam na primazia da liberdade individual, são profundamente democráticos, acreditam na liberalização da droga, são contra a guerra do Iraque, são contra os abusos do estado contra os direitos mais fundamentais do cidadão. Mas também são contra o estado providência, os impostos, o conceito de justiça social patrocinada (e inevitavelmente imposta) pelo estado. Resumindo este partido vive num eixo cartesiano politico distinto da esquerda ou direita, está no eixo do yy, e não no eixo do xx.

Attila
 
  Retorno...

Bem, acabo de reactivar os "Filhos de Viriato". Para ser honesto sem razão aparente, apeteceu-me! Por vezes tenho vontade de beber um Sumol Ananás ou comer pistáchio. São impulsos irracionais, inexplicáveis, eu diria mesmo que sofro de uma permanente gravidez intelectual.

Por falar em gravidez em intelectual, o último filme do Jim Jarmush, “Coffee and Cigarretes” foi uma grande desilusão. Os bons momentos, acabam por não compensar os maus, e apesar do filme não ser assim tão horrível, as minhas expectativas iniciais eram demasiado elevadas para não me sentir desiludido.

Attila
 
Atila, "um ateu optimista" - porque não acredita em deus, mas espera estar errado -, quer fazer uma página de ideias e debates rápidos, ricos em colesterol e gorduras saturadas; pois a unanimidade só se obtêm na base do medo, do interesse, ou da alienação activa de quem discorda. Participação especial de 100nada e Adamastor (a pessoa mais furiosa de Lisboa).

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