Filhos de Viriato
domingo, fevereiro 22, 2004
  O reverso da medalha...

 
  O trapezista anoréxico...



Giacometti 
  Desculpe, mas o seu nome não consta na lista...



Giacometti 
sábado, fevereiro 21, 2004
  Um dos melhores filmes manga de sempre...

“Blood, the last vampire”

 
  olhar fulminante!



Attila 
terça-feira, fevereiro 03, 2004
  Nevoeiro ao pequeno almoço e o mar trocado e confundido até ao céu. No tempo de uma torrada e um café, o céu fica azul e a temperatura sobe. Quando o homem das obras tira a escavadora estacionada a tapar a saída dos carros, fá-lo com um sorriso e recebe um bom dia igual, caras de fim de inverno.

Mas a cidade não quer largar o mau tempo. Responde com cinzento desdém, maresias e sóis suburbanos, que nojo! E nas trombas encasacadas no frio gelado, descubro que há, pelo menos, um milhão de pessoas que não sabem que a vinte quilómetros começou a primavera.

100nada 
segunda-feira, fevereiro 02, 2004
  O que está ao lado, o que passa ao lado, o que se perde.

Num semáforo, uma pedinte. Todos os dias está lá, todos os dias bate ao vidro da janela do carro, bom dia minha menina, tá boazinha? Era uma moedinha...mas já lhe dei ontem! Hoje também tenho fome. E a roupa, já reparaste, diz quem ali passa, todos os dias tem roupa nova, o raio da velha, mas ela não é velha, é gasta. Mas a roupa é nova, não é gasta, insistem, ali deve ganhar bem, pois deve, mas porque pede? E um dia, desaparece. Outro semáforo? Um acidente? Não se sabe.

Num semáforo, um vendedor. É velho sim, e também gasto. Vende uma coisa velha e gasta, que já não se usa. Não compres disso, sabe-se lá como é feito e nunca se compra, quem é que compra? O semáforo abre. E amanhã ele está lá, acena com o (mesmo?) saco transparente, as bolachas da minha infância dentro. Compro? Deito fora ou como? Sabem a quê? Não se sabe.

Num semáforo, um homem velho. Muito velho, tão velho que já nem sabe andar. Arrasta-se, um passo, um passo, um passo, chega a meio. Pára e suspira e olha para mim sem me ver, só vê os quilómetros que ainda tem de andar. Recomeça, o semáforo abre. Alguém apita, há sempre alguém que apita e ele tenta, tenta, mas só tem aquele passo, já não tem mais nada, mas ainda assim tenta e consegue, um nada de nada mais. Para quê? Não se sabe.

Num semáforo, uma criança. Sozinha na rua, sem medo. Sem medo? Vê lá, vens com os colegas para casa, tens a chave, se não tiveres ninguém telefonas, para que hei-de eu telefonar, é já ali, vou sozinha, conheço o caminho tão bem, não acontece nada, é só na televisão, porquê que vem ali aquele senhor atrás de mim, não sei se entre numa loja se vá mais depressa, será que ele é mau? Não se sabe.

Um dia destes compro as bolachas.

100nada
 
  Quando as gaivotas voam para terra, os botes recolhem.

100nada 
Atila, "um ateu optimista" - porque não acredita em deus, mas espera estar errado -, quer fazer uma página de ideias e debates rápidos, ricos em colesterol e gorduras saturadas; pois a unanimidade só se obtêm na base do medo, do interesse, ou da alienação activa de quem discorda. Participação especial de 100nada e Adamastor (a pessoa mais furiosa de Lisboa).

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