Filhos de Viriato
quarta-feira, janeiro 28, 2004
  "Mais de dois terços dos e-mails enviados na Europa estão infectados com o vírus Mydoom, anunciou Mikko Hyppoenen, da sociedade finlandesa de segurança informática F-Secure."

PÚBLICO

ahhhh, e' tão bom usar Macs. Ora aqui estou eu a fazer "unsafe" file sharing com o computador aqui do lado.

Adamastor 
segunda-feira, janeiro 26, 2004
  Isto pode ser de mau gosto, mas parece-me que existem coisas que vale a pena investigar, de modo a EVENTUALMENTE evitar outras tragédias:


Anabolic Steroid Abuse:

[...]
Heart Problems: Use of anabolic steroids can lead to heart failure and death.
[...]

WWU Student Counseling Center 
  A separação poderes (legislativo, judicial e executivo) foi uma ideia genial. E se alguém tem algum tipo de duvidas sobre a importância desta separação dou o seguinte exemplo:

"A federal judge has declared unconstitutional a portion of the USA Patriot Act that bars giving expert advice or assistance to groups designated international terrorist organizations."

CNN

 
domingo, janeiro 25, 2004
  Brutalmente honesto, despojado de grande parte das técnicas narrativas que o cinema dramático já nos habituou, “Touching the void” e’ a historia de um alpinista que conseguiu regressar de uma difícil escalada na América do Sul, apesar de uma perna partida, de ter sido abandonado pelo companheiro que o deu como morto, das brutais condições climáticas. Sem os habituais falsos heroísmos, a sua sobrevivência foi conseguida ‘a custa de pura teimosia e irracionalidade, de quem pensava estar condenado mas que não queria morrer sozinho (“You see, I was insanely stubborn”).
 
quinta-feira, janeiro 22, 2004
  A verdadeira razão porque a Nasa não consegue comunicar com o Mars Spirit rover:



Ultima fotografia da Mars Spirit
(Adamastor)

 
  Quem decidiu traduzir o titulo do filme "Lost in Translation" para "O Amor é um Lugar Estranho" devia trabalhar para a Telepizza...

Adamastor 
  O modo fragilizado como o movimento Pró-Vida tem defendido a sua oposição ao aborto, demonstra mais uma vez a actual rarefacção de políticos conservadores de estatura em Portugal. Questiono-me qual será a razão de tal rarefacção? Será que o presente populismo do CDS tem inviabilizado o aparecimento de uma nova geração de individualidades dotadas de um peso politico, intelectual e ideológico de um Adriano Moreira?
 
quarta-feira, janeiro 21, 2004
  "The widow of the man who founded fast-food restaurant chain McDonald's has left $1.5bn (£820m) in her will to the Salvation Army. [...]. Mrs Kroc left the money on condition that the Salvation Army uses her burger bar fortune to build community sports centres for working class children."

BBC News


Se o arrependimento matasse! Primeiro engordam-nos, agora querem que eles façam exercício. Mas, vale mais tarde do que nunca.

Adamastor
 
segunda-feira, janeiro 19, 2004
  "In the tenth and eleventh centuries, Spanish Judaism flourished under the Muslims, producing poets, scholars, and courtiers of the first order. After the Christian Reconquista gained Toledo in 1085, when the Almoravids came to rule the Islamic side of the frontier, Jewish cultural achievements in Muslim Spain began to decline, disappearing under the Almohades in the mid-twelfth century. But Christian Spain meanwhile developed its remarkable convivencia in which Jews (and Muslims) were involved in cultural, intellectual, financial and even political life all over Christian Spain. By the mid-thirteenth century, the Christians controlled all of the Peninsula except for a small area from Granada to the Mediterranean. In many of the independent Spanish kingdoms, the thirteenth and fourteenth centuries still saw striking religious, cultural and literary achievements among the Jews, but Jews also faced increasing religious pressures [...]."

Seth Ward 
  "In the eleventh century the growing internal weakness of the Islamic world was revealed by a series of invasions, the most important of which, that of the Seljuq Turks, created a new military Empire stretching from Central Asia to the Mediterranean. [...] In time of trouble and danger, the new Turkish masters brought a measure of strength and order - but at a cost of higher military expenditure, firmer control of public life, and stricter conformity of thought."

Bernard Lewis

nota: estas invasões tiveram um profundo impacto na Península Ibérica, que estava a atravessar um longo período de tolerância cultural e religiosa, o qual tinha por exemplo possibilitado uma das épocas de ouro do judaísmo.
 
  Mais um excelente blog: Rua da Judiaria

A qualidade da blogosfera não pára de me surpreender. Por amor de deus, com tanta gente de qualidade neste país porque e' que a televisão e' uma verdadeira merda !!!

Adamastor 
domingo, janeiro 18, 2004
  Esta cena do George Bush querer mandar um homem a Marte levantou-me muitas duvidas. Mas no processo de construção do meu cepticismo, fiquei a pensar para quando e’ que vamos ter o primeiro Luso na Lua?

Eu já imaginei a cena: um gajo de bigode farfalhudo a fazer de astronauta, a aterragem no mar do silêncio, uma saída triunfal da nave, a bandeira das “quinas” a mostrar que o orgulho lusitano ainda faz sentido. Para depois ser estilhaçado por uma mija nas traseiras da nave...


Adamastor 
  Esquerdista dos anos 90

Pessoa de palavra fácil, cabelo cortado na barbearia do Sr. Manuel, e roupa comprada nas lojas étnicas do Martin Moniz, o “esquerdista dos anos 90” deambula pelas ruas do Bairro Alto tendencialmente em grupos de três ou quatro. Antigo membro da JCP, passou pelo PSR, e agora milita no Bloco de Esquerda. Tirou um curso na Faculdade de Ciências, ou em alternativa na de Letras, critica exuberantemente através do seu telemóvel Vodafone, as propinas, o imperialismo Americano, o jornal O Independente, e inevitavelmente o Paulo Portas. Tem uma linguagem rica em adjectivos, advérbios, usa o “pá” como um prefixo ou sufixo, fala da igualdade, e procura aqueles com quem compartilha semelhante opiniões. Discute com os seus iguais os problemas que o atormentam, mas como todos estão sempre de acordo, perde-se nos detalhes e nas trivialidades. Bebe uma cerveja ou um café, discute mais uma vez aquilo que já discutiu, fala em igualdade, liberdade, direitos humanos e repressão. Evita os problemas em Cuba, contorna a Europa de Leste, arrasta-se no Chile e no Médio Oriente. Fala dos territórios ocupados com paixão, frequenta assiduamente a entrada da embaixada dos Estados Unidos, e tenta esquecer que se não fossem os Americanos ainda estavam a morrer pessoas no Kosovo ou na Bósnia. Refere Timor-leste, critica a Indonésia, critica novamente os Estados Unidos, e bebe mais um cerveja. Refere novamente os direitos humanos, fala em massacres. Fala de historias ou detalhes que mais ninguém conhece. Ouve Sílvio Rodriguez ou Pablo Milanês, fala de Garcia Lorca, vai ‘a Voz do Operário, caminha da Graça ao Chapito’. Acaba algures no Cais Sodre’, come um caldo-verde e um pão com chouriço, arrasta-se para casa pois no dia seguinte vai a outra manifestação no ministério da Educação. 
sábado, janeiro 17, 2004
  "Sometimes you have to go halfway around the world to come full circle."

Clique Aqui. Quando estreou por estas bandas do Atlântico tive oportunidade de conversar com uma amiga que viveu uns meses por aquelas bandas do Pacifico, e ela confessou que foi tal e qual...

ps: eu encontrei este link via unsmeridianos
 
  Eu não cheguei ao fim.
Dobrei o Cabo, mas havia em mim
Um herói sem remate.
Quando os loiros da fama me sorriam,
Aceitei o debate
Do meu destino predestinado
Com singelos destinos que teriam
Um futuro apagado,
Fosse qual fosse a glória prometida.
E sempre que uma nau entrenta o mar e o teme,
E regressa vencida,
Sou eu que venho ao leme
Com a Índia perdida

Bartolomeu Dias - Miguel Torga 
  O Viriato acabou de voltar... 
sexta-feira, janeiro 16, 2004
  O Adamastor e’ engraçado; critico feroz das fraquezas dos Portugueses, e’ no entanto um patriota convicto. Fala da bica com convicção e da meia-de-leite com paixão. Odeia o Starbucks, mesmo sabendo que o seu café ’ e’ superior a boa parte dos tascos que frequenta, a Zara, porque afinal não e’ mais de que uma Maconde espanhola, e a gelataria Häägen-Dazs, porque não há nada como um “Epá” ou um “Perna de pau”. 
quinta-feira, janeiro 15, 2004
  Caro Atila,

Fica-te pela vernalização psicológica, que eu fico pela mediocridade Salazarista dos nossos invernos...

Adamastor 
  Durante as ultimas duas semanas Nova Iorque entrou nas profundezas térmicas do Inverno Canadiano, com as temperaturas a chegar ocasionalmente aos –20C. No entanto há algo de surpreendentemente agradável na existência de verdadeiras estações do ano. Neste momento estou a viver numa cidade que espera estoicamente pela Primavera, a qual ao chegar vai ser apoteoticamente recebida (literalmente!). O Inverno funciona assim como que um processo de vernalização psicológica, necessário ao bom funcionamento desta cidade. 
quarta-feira, janeiro 14, 2004
  "Assassin is now a common noun in most Europeans languages, but it came to the west from Arabic around the time of the crusades, when it was the name given to a secretive Islamic sect feared by the Crusaders and the Muslim establishment alike. [...]. The Assassins were the first group to make planned, systematic, and long-term use of murder as a political weapon."

Bernard Lewis
 
terça-feira, janeiro 13, 2004
  Bengelsdorff escreveu o seguinte post:
“Este fim-de-semana primaveril, em pleno início de Janeiro, relembra-nos que estar na média europeia pode não ser a melhor opção.”

Pois, o rapaz tem a sua piada. Mas isto lembra-me a historia da “média europeia”. Fala-se da "média europeia" como se fosse o Holy Grail do desenvolvimento em Portugal. Que grande treta!!!
Então o pais deve ter por objectivo atingir a "média europeia"??? Caros amigos, média e’ média. Média equivale a mediania, mediocridade. Será que o pais não deveria ter por objectivo sermos os lideres da Europa? atingirmos o pelotão da frente? Irrealista?! Talvez, mas pelo menos poderia a ajudar a ultrapassar o omnipresente culto da mediocridade Salazarista tão característica da pátria lusa.

Adamastor 
domingo, janeiro 11, 2004
  Nem uma viva alma ‘a vista. Andei em busca de um murmúrio, mas o vento e’ traiçoeiro. Comecei a correr, sempre em frente, ate’ que de repente me cruzei com um velhote sentado num banco de jardim.

- Ora viva! Olhe que correr com este calor não e’ lá muito saudável.
- Mas o senhor sabe onde e’ que toda a gente se encontra?
- Pois, já me debrucei sobre este assunto, e conclui que estava a sonhar, que isto tudo não passa de um sonho.
- Um sonho?
- Sim um sonho, mas agora que o vejo já não sei se o sonho e’ seu ou meu. Eu, talvez por arrogância, achei que era a minha pessoa que andava por ai a sonhar ao desbarato. Mas agora por uma questão de principio, assumo que sou eu que sonho. Mas como deduzo que você pense o mesmo, então veja lá a confusão em que nos encontramos.
- Podemos estar louco! Alucinamos em torno de uma realidade inexistente.
- Pois, e’ um facto. Mas eu prefiro a ideia de estar a sonhar. Sempre me encarei como uma pessoa respeitável, com alguma autoridade intelectual.
- Ora aqui desengana-se o senhor. A loucura não e’ necessariamente vazia de respeitabilidade. Diga-me onde se encontra a fronteira entre a genialidade e a loucura?
- Olhe a arrogância caro amigo. Pois eu estou farto de intelectuais – Olhou-me com uma certa desconfiança, e depois continuou num tom mais amigável – Confesso que e’ capaz de ter razão, mas discutir tal coisa parece-me um exercício vazio de conteúdo. Alucinamos? Sonhamos? Irrelevante! No fundo e’ tudo uma questão de pura vaidade intelectual.
 
  Quando um ladrão tenta vender material roubado a um comerciante, e este aceita participar no negocio (sabendo a origem de tal material), então o comerciante automaticamente torna-se cúmplice de um crime. Ora quando um jornalista publica uma noticia que obviamente vai contra o segredo de justiça, então esse jornalista está automaticamente a participar e a ser o instrumento de uma ilegalidade. Não faz portanto qualquer tipo de sentido a impunidade legal que os jornalistas envolvidos neste tipo de casos actualmente gozam. O direito a informar, não justifica, nem dá o direito, o participar em actos ilícitos. 
sábado, janeiro 10, 2004
  Hoje fui ao Colombo!!!
Mais de que um simples templo ao consumismo Lisboeta, o Colombo ganhou estatuto de microcosmos Português desde a inauguração apressada pelo Presidente da Republica para facilitar a atribuição da tão necessária licença camarária. Este estatuto de microcosmos cresceu, solidificou-se, e agora eu diria que se as empresas de sondagens soubessem o que andam a fazer, mandavam diariamente uns putos para a entrada do Colombo fazer perguntas aos apressados clientes. Apressados lá fora, mas tranquilos lá dentro. Dentro do Colombo respira-se prozac, puro, do bom. As famílias caminham tranquilamente, olham para as montras. Ao fim de cinco anos de casório, acabou-se a conversa para além de quem lava a loiça ou muda a fralda. Mas no Colombo encontra-se sempre assunto: roupa, mobílias , engenhocas ou as vulgaridades dos outros clientes. Numa existência quase que paralela, porque dentro de um Colombo existem muitos "Colombos", a malta mais jovem deambula com as suas roupas mais radicais num imberbe ritual de acasalamento. Ritual provavelmente a ser consumado dentro do carro do pai, na melhor das hipóteses no Guincho, ou na pior no parque de estacionamento do Martim Moniz. Claro que no Colombo ainda existem as inúmeras lojas de qualidade que justificam a minha visita desesperada, quase peregrina, no dia 24 de Dezembro. Mas tal facto parece-se neste momento secundário. Questiono-me agora qual vai ser a relação entre o Colombo e o novo estadio do Benfica, em ano de Euro 2004. Será que os No Name Boys vão marcar encontros nas traseiras do Colombo com a malta da Bifolândia?


Adamastor 
  Assumindo, com a frontalidade de quem poderia ter estado no largo do Carmo durante o 25 de Abril de 1974 caso não fosse demasiado pequeno para o fazer por sua própria vontade, prestei finalmente atenção ‘as sábias palavras do Ivan:

– Pa’, tu mudas de projectos como o H. muda de gajas. Não pode ser, se queres ter um blog tens que manter uma certa consistência.

Acabo portanto de convidar um amigo para participar nos Filhos de Viriato; na esperança de ultrapassar a necessária massa critica de posts. Ele vai se identificar por Adamastor. Conheço-o faz anos, tem piada, e e’ sem duvida a pessoa mais “furiosa” de Lisboa. Invariavelmente “lixado” com algo ou alguém, e’ capaz de passar uma noite a explicar metodicamente as razões da sua insatisfação. 
Atila, "um ateu optimista" - porque não acredita em deus, mas espera estar errado -, quer fazer uma página de ideias e debates rápidos, ricos em colesterol e gorduras saturadas; pois a unanimidade só se obtêm na base do medo, do interesse, ou da alienação activa de quem discorda. Participação especial de 100nada e Adamastor (a pessoa mais furiosa de Lisboa).

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