Este fim-de-semana passei duas horas em frente da televisão a ver o congresso do
‘Libertarian Party”.
Foi absolutamente fascinante, e ‘a custa de tal exercício matinal ganhei imenso material para “Filhos de Viriato”.
Libertarian Party – parte 1
Regra geral assume-se que o espectro politico, ou de opiniões, se esgota entre a esquerda e a direita. Fala-se de um conflito binominal, com ocasionais referencias a
terceiras vias, que mais não são do que variantes intermédias daquilo que já existe. No entanto com um bocado de perspectiva e’ fácil de perceber que tal espectro politico vive ‘a custa de um único eixo cartesiano.
Tanto a esquerda, como a direita, acreditam na intervenção do estado, discordam
apenas nos assuntos sobre os quais o governo deve intervir. A esquerda acredita que o estado tem responsabilidades sociais de redistribuição de riqueza, e que portanto deve funcionar como um agente moderador económico. Pelo contrário, a direita defende que o governo deve intervir nas questões de segurança e na moralidade.
Existem no entanto aqueles que acreditam que o estado deve reduzir regra geral a sua intervenção na sociedade ao mínimo. Eles acreditam na primazia da liberdade individual, são profundamente democráticos, acreditam na liberalização da droga, são contra a guerra do Iraque, são contra os abusos do estado contra os direitos mais fundamentais do cidadão. Mas também são contra o estado providência, os impostos, o conceito de justiça social patrocinada (e inevitavelmente imposta) pelo estado. Resumindo este partido vive num eixo cartesiano politico distinto da esquerda ou direita, está no eixo do yy, e não no eixo do xx.
Attila