O meu porto de abrigo
foi sempre este blog. Aqui, noutro fuso horário, fora do meu tempo.
O
Attila abriu a porta do Filhos de Viriato e convidou-me a entrar. Disse-me,
podes tirar os sapatos e por os pés em cima da mesa. E, em dias de tempestade, eu entrava, gelada, encostava-me à porta e via uma lareira acesa.
E sentia-me finalmente em casa.
Para mim nunca será uma casa abandonada e assombrada. É uma casa escondida numa floresta, uma casa aonde regresso sempre. Sei que ao lado da lareira há lenha e fósforos e que me posso atirar para cima do sofá com uma manta e ficar assim, só a pensar que, não fora a gentileza do Attila, não fora este blog, eu já tinha ido embora há muito tempo.
Obrigada.
100nada